Enologia, com nanociência
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- Categoria: degustando
Sabe aquela deliciosa sensação de secura que o vinho causa na nossa língua? A ciência está trabalhando por ela.
Na Dinamarca, uma doutoranda da Aarhus University, chamada Joana Guerreiro, lidera um trabalho realizado por pesquisadores do Centro Interdisciplinar de Nanociência. E eles desenvolveram, em parceria com cientistas portugueses, um sensor capaz de medir a adstringência causada na boca, pelo vinho.
Trata-se da nanotecnologia, à serviço da enologia. Isso porque o sensor, revestido com partículas de ouro em escala nano, simula o que acontece na nossa boca durante a degustação do vinho.
Ao medir exatamente os efeitos da secura do vinho no paladar, esse sensor pode ajudar os produtores a realçar os sabores desejados nos seus produtos, na medida em que os enólogos controlam uma série de processos, durante a vinificação, para que a quantidade e a qualidade dos taninos do vinho estejam de acordo com o seu objetivo.
Falando em linhas gerais, o sensor é uma espécie de mini-boca, ou de língua artificial, que usa proteínas salivares para medir a sensação que ocorre na boca ao beber vinho.
A ideia, obviamente, não é substituir o degustador profissional, que atua durante a produção vinícola. Mas sim, criar uma ferramenta útil ao produtor, para que ele tenha maior compreensão do efeito da adstringência dos taninos do vinho, sobre o nosso paladar.
A ciência não é mesmo incrível? Um brinde a ela, então!
E, se quiser ler sobre um outro projeto científico relacionado ao vinho, também muito interessante, e também desenvolvido por um estudante de doutorado, só que desta vez da Universidade de Aveiro, clique aqui.
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